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Em uma praça longíqua, vê-se, ao fundo, um pequeno garoto aos prantos em um canto. Chorava, e apenas chorava. Enquanto lágrimas saíam de seus olhos sem cessar, sua mente era inundada com uma imensidão de pensamentos. Primeiro vieram as coisas boas, as amizades, os amores, a família. Posteriormente, a chacota, o preconceito. Em suspiros infames, aquilo entrava nos pensamentos do homúnculo sem dó. As pessoas, tão sombrias como a própria existência, quando passavam o olhar por ali, viam, se muito, uma mancha, um ser inferior, que não merecia um segundo de seu tempo. E o garoto continuava lá, debulhando em lágrimas, esperando uma luz distante. Enconstou em um tronco de uma árvore por um instante e passou as mangas pelas bochechas molhadas, o choro estagnado. E o garoto, heterossexual, bonito, com um físico atlético e causasiano, viu uma linda e fina mulher se aproximar. Com passos angelicais, ela lhe ofereceu um lenço, e obteve um movimento negativo com a cabeça e algumas palavras de agradecimento vociferadas a esmo como resposta. Ela calmamente esperou, e longos segundos de silêncio se passaram. Quando, repentinamente, a donzela perguntou, com a voz rouca e um pouco abatida, porquê o garoto chorava. Este enxugou uma última lágrima que saira de seu olho, e respondeu com a mesma calma que a mulher exalava.
- Choro apenas por não ter motivos que me levem a chorar.
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